terça-feira, 7 de março de 2023

 



IMAGEM 

Olhando as

fotografias

percebo

quanto o tempo

deixou

marcas

no teu rosto

e no teu corpo.

 

A jovialidade

e beleza

cederam ao peso

do poder

e ao modelo

da rigidez

boba

de intelectualidade

boçal

que só assanha.

 

Não há paz

nem alegria

como antigamente.

A expressão de

importância

tornou feia

a fotografia

de moça-velha

que emerge

do papel

brilhante.

 

Não existe luz,

mas só faíscas.

 

A imagem

está distorcida.

O que era e

prometia ser

acabou sendo

um desenho

borrado

de ignorância.

 

Perdeu o perdido

da história

que nem chegou

a ficar

na memória.

 

Morreu morrido

de agonia o

aflito.

Salvei-me a

tempo

desse infortúnio.

O meu retrato

ainda é límpido

sem o borrão

da passagem do mau

espírito.

 

Exorciza! Espectro do demo!

 

 

 

21/12/2008

 

 

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