IMAGEM
Olhando as
fotografias
percebo
quanto o tempo
deixou
marcas
no teu rosto
e no teu corpo.
A jovialidade
e beleza
cederam ao peso
do poder
e ao modelo
da rigidez
boba
de intelectualidade
boçal
que só assanha.
Não há paz
nem alegria
como antigamente.
A expressão de
importância
tornou feia
a fotografia
de moça-velha
que emerge
do papel
brilhante.
Não existe luz,
mas só faíscas.
A imagem
está distorcida.
O que era e
prometia ser
acabou sendo
um desenho
borrado
de ignorância.
Perdeu o perdido
da história
que nem chegou
a ficar
na memória.
Morreu morrido
de agonia o
aflito.
Salvei-me a
tempo
desse infortúnio.
O meu retrato
ainda é límpido
sem o borrão
da passagem do mau
espírito.
Exorciza! Espectro do demo!
21/12/2008
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