VISÃO
A relva
rasteira e rala
se espalha pela
orla
denunciando a
estiagem e o
calor
que assola.
Tudo grita
e pede água...
A umidade
que refresca
e dá vida
à alma
sofrida.
Não há brisa.
O calor sufoca
e a saudade
torna insuportável
a visão vazia.
Você não está,
ali,
na praia.
A ausência
traz esse nó
que a garganta
aperta.
A vontade de
chorar
é enorme.
Mas não há culpa.
Só
sabida
de escolha aflita.
A necessidade é
a dor que agora
espreita
feito bruxa em
noite de Halooween.
A paz se
escancara por obra
da doação.
A solitude escolhida,
ainda que doída,
frutificará em favor
da união.
Amar, às vezes,
é abrir mão!
Aí... A visão explode
sangrando de saudade
o coração.
Há uma busca da
figura, nem que seja
por alusão.
Afinal, não se desama
como vento de furacão.
Restam lembranças
e emoção.
Resta o amor, intacto,
repleto de paixão.
Que pena!
Não é minha nem a poesia,
nem o avião.
O aquário ficou vazio...
Sem perdão!
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