quinta-feira, 2 de março de 2023

 


VISÃO

 

A relva

rasteira e rala

se espalha pela

orla

denunciando a

estiagem e o

calor

que assola.

 

Tudo grita

e pede água...

A umidade

que refresca

e dá vida

à alma

sofrida.

 

Não há brisa.

O calor sufoca

e a saudade

torna insuportável

a visão vazia.

Você não está,

ali,

na praia.

 

A ausência

traz esse nó

que a garganta

aperta.

A vontade de

chorar

é enorme.

 

Mas não há culpa.

Só consequência

sabida

de escolha aflita.

A necessidade é

a dor que agora

espreita

feito bruxa em

noite de Halooween.

 

A paz se

escancara por obra

da doação.

A solitude escolhida,

ainda que doída,

frutificará em favor

da união.

Amar, às vezes,

é abrir mão!

 

Aí... A visão explode

sangrando de saudade

o coração.

Há uma busca da

figura, nem que seja

por alusão.

Afinal, não se desama

como vento de furacão.

Restam lembranças

e emoção.

Resta o amor, intacto,

repleto de paixão.

 

Que pena!

Não é minha nem a poesia,

nem o avião.

O aquário ficou vazio...

Sem perdão!

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