E AGORA?
Durou
pouco...
Pouco
de nós.
Ficou
sem aquário
o
último voo.
Matou-se
o sorriso
cortado
a ácido
da
mágoa escorrida
sem
dó.
O grito
calado ficou
feito delírio
de quem se soltou
no ar
sem trapezista
pegador.
Explodiu monte de cores
no olhar
que se distanciava.
Parecia jogo,
que jorrava luzes,
refletido no cristal
de uma lágrima
estuporada.
Acabou...
sem acabar.
Como se o nada
fosse tudo
que ficou de
nós dois...
E agora?
Dói mais
do que aborto
premeditado.
Machuca
de morte
o poeta
mal-amado.
Foi muito pouco
do que tinha combinado.
Quase nada
foi confirmado.
A promessa,
ficou à margem,
em prol do
sucesso almejado.
E agora?
De concreto
o vazio.
Do amor
à vida
solo.
Mas a poesia,
essa o poeta
não perde,
por mais
que lhe arrebatem
a Lua e o Sol,
como inspiração
e arte.
Afinal, O POETA
é um fingidor...
Morre de amor,
sem morrer
de dor...
Com o passar
da vida
descobri que o SER,
esse, agoniza sim de dor.
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