QUEBRA DE PÁGINA
A cada instante,
a cada página
percebo os passos,
sinto o tempo.
E nesse escoar
vivo e pulsante
recebo no peito
a resposta arfante.
Sim, é o toque
que remete
e assoma o espaço.
É o beijo
que busca e suga
os meus desejos,
os sonhos
e a imaginação.
E vem assim,
o telefone,
como quebra de página,
e derradeira solução.
Primeiro o assombro.
O relaxamento
da pressão, depois...
Assim segue o tempo
por nossa decisão.
São momentos,
lindas histórias
e até alusão.
São felicidades
feito uvas em cacho,
pendendo na carícia
em movimentos,
em dança e corpos
na busca do êxtase.
Do prazer
que explode e alivia
incontáveis sensações.
Assim... feito
na paz e no sorriso,
como quebra de página,
vem o beijo
calado, silenciosamente dito.
Encerrado no colo,
na ternura do aconchego.
E tenho você,
como criança feliz,
saciada,
a esperar no calor,
o momento adormecido.
06/10/2007
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