NÓ QUE
DESATA
De repente, a vida descortina.
O
mar rompe a praia
e
dentro de suas ondas,
agitadas
e profusas,
lava
a´lma de quem se debate;
busca
a calma, a paz perdida.
A
situação é assim...
esgarçada
e explosiva
mas
com o alívio do ar,
como
um nó que desata...
E
segue o dia...
Agora
sem mesmice – com calma
e
a certeza de que tudo,
finalmente
encaixa,
com
a perfeição e
docilidade
a tanto almejada.
É
aquela certeza da volta do astronauta,
que
busca mistérios...
mas
encontra segurança
e
se larga solto no espaço, realiza,
como
criança nova, em sintonia fina...
É
completo o sintoma da levitação.
Assim...
Como o nó que desata
e
abre a porta para o desgarramento e a fidúcia.
O
início do certo, sem espasmo ou assombro.
O
sublime suspiro depois do gozo.
Nada
torna o entorno tão feliz e prazeroso
do
que sua expressão de enlevo e prazer;
seu
esgar de êxtase e encanto.
Assim
como o nó que desata
num
turbilhão, entre risos e pranto.
Sim...
É o paradoxo da felicidade plena,
quando
rompe o lacre da defesa e da vida
fazendo
emergir silenciosa
a
paz completa e derradeira.
A
certeza de que o nada ficou tudo,
para
sempre,
encastelado
em nossos corpos desnudos.
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